As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as Suas misericórdias não têm fim. Lamentações 3:22
As misericórdias do Senhor são inesgotáveis. Elas estão ao alcance
da mão; ao alcance de quem precisa de perdão; ao alcance de todo
pecador.
É por causa dessa “entranhável misericórdia de nosso Deus” (Lc
1:78) que temos esperança de salvação. A misericórdia é a demonstração
prática e quase palpável do perdão que Deus concede ao pecador,
unicamente por bondade e graça.
Entretanto, muitos de nós que nos consideramos cristãos e
pretendemos estar nos preparando para a volta de Jesus, não estamos
levando em consideração essa dádiva divina; estamos, por assim dizer,
desperdiçando as misericórdias do Senhor. Não estamos fazendo caso
delas. Não estamos desejosos, ou mesmo aflitos por elas. Não estamos
clamando por elas como fez o publicano da parábola, quando em humildade e
contrição, clamou: “Ó, Deus, tem misericórdia de mim, pecador!” (Lc
18:13, ARC).
Será que não mais estamos sentindo necessidade das misericórdias de
Deus? Por acaso não somos mais pecadores? Ou, talvez, estejamos
satisfeitos com o desenvolvimento da igreja, com seu crescimento
numérico, com as grandes e apresentáveis instituições; com a estrutura
organizacional, a nossa boa reputação e as funções de liderança em todos
os níveis da igreja?
Talvez não seja nada disso, e sim, por estarmos subestimando a
constante e sutil pressão da sociedade sobre nós, tentando danificar-nos
a sensibilidade espiritual e a religiosidade, procurando por todos os
meios esmagar nossos princípios e propósitos, nosso sistema de vida e
compromissos para com Deus e o semelhante, e as esperanças da
eternidade.
Vamos reaprender a arte de clamar pela misericórdia divina! Vamos
clamar “pela entranhável misericórdia de Deus” como membros do corpo de
Cristo, como irmãos de fé, como líderes da igreja, como marido e mulher,
como pais e filhos. Todos precisamos das misericórdias do Senhor
porque, em última análise, nossa salvação é o grande clímax da eterna
misericórdia de Deus em nosso favor.
REFLEXÃO: “Quanto a mim, porém, [...] confio na misericórdia de Deus para todo o sempre” (Sl 52:8).