Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Mateus 5:44
Coisa difícil nos pede o Senhor, não é verdade? Não somente amar nossos inimigos, mas orar por eles!
Parece que certas pessoas existem somente para irritar e maltratar
nossos nervos. Estão constantemente nos incomodando! Mesmo assim, Jesus
nos pede que as amemos e oremos por elas.
Certos fatos desagradáveis que precisamos encarar vez ou outra são
como um campo de provas em que nossa maturidade e forças espirituais são
testadas. Como agiremos? Qual será nossa reação?
Que coisa, meu Deus! Amar os inimigos e ainda orar por eles! Fazer
isso não é nada fácil! E tem mais: “Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe
de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber” (Rm 12:20). Que tal?
A oração, o perdão e o amor para com aqueles que por um ou outro
motivo não nos apreciam correspondem ao desejo de Deus de amar e perdoar
todas as pessoas. Veja o exemplo de Estêvão orando pelos seus inimigos e
perdoando-lhes, mesmo sob a “chuva” de pedras que lhe tirou a vida.
A verdade é que se quem vive esse lado sublime do cristianismo
experimenta um dos mais belos e gratificantes aspectos da vida cristã.
Segundo Mateus 5:44, essa maneira de orar só é possível para quem
nasceu do Espírito Santo e vive em contato diário com Ele. “É, porém,
unicamente o Espírito de Deus que dá amor em troca de ódio. Ser bondoso
para o ingrato e mau, fazer o bem sem esperar retribuição, é a insígnia
da realeza celeste, o sinal certo pelo qual os filhos do Altíssimo
revelam sua elevada condição” (E. G. W, O Maior Discurso de Cristo,
p. 75). Nada pode substituir esses princípios divinos. Verdadeiramente,
quem não esmagar o próprio eu e não aniquilar o orgulho, jamais terá
condições de perdoar e amar os inimigos.
A oração que parte de um coração sincero e íntegro, abrandado pela
presença do Espírito Santo na vida, é uma prova de nossa filiação
divina, pois o verso 45, completando o conceito do verso 44, diz: “Para
que vos torneis filhos de vosso Pai celeste.” Portanto, quando formos
odiados, respondamos com a bênção da intercessão e do amor.
REFLEXÃO: “Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?” (Mt 5:46).