Os justos clamam, e o Senhor os ouve, e os livra de todas as suas angústias. Salmo 34:17, ARC
O mundo espiritual da oração é regido pela fé; fé no invisível, fé
no aparentemente impossível; fé no Deus que faz milagres e que muda
situações aparentemente insolúveis desde que seja para o nosso bem.
Às vezes, Deus permite que tenhamos momentos de angústia para que a
fé se fortaleça e as orações sejam mais autênticas e confiantes.
Conheci Ernestina Pereira na cidade de Araguacema, estado de
Tocantins, lá pelos idos de 1964. Era uma mulher de pequena estatura,
mas grande diante de Deus. Possuía uma fé inabalável e suas orações eram
poderosas. Tudo que tinha a ver com seu orfanato era resolvido com
oração. Esse lar de crianças estava localizado às margens do rio
Araguaia, a uns três quilômetros da cidade.
Certo dia, alguém descobriu que o velho casarão que abrigava as
crianças estava sustentado apenas por um esteio e que os demais estavam
com suas bases podres. Então, Ernestina resolveu construir um novo
alojamento para seus “filhos”.
Numa tarde de verão, quando as paredes já estavam quase na altura
do respaldo, Ernestina, que estava descansando após o almoço, foi
despertada com o barulho de uma forte ventania. O dia escureceu,
aumentou o barulho. “Vai desabar um temporal”, todos diziam.
Logo passaram pelo seu pensamento a velha casa e os órfãos.
Certamente, viria tudo abaixo. O que fazer?... Nada, a não ser orar. Sem
pensar duas vezes colocou-se de joelhos dobrados diante de Deus e, com
muita fé, suplicou-Lhe: “Senhor, tem misericórdia de nossas crianças!
Segura esta velha casa e detém os ventos, segundo a Tua vontade e o Teu
amor. Em nome de Jesus Cristo. Amém!”
Tão logo terminou sua oração e se levantou, o vento havia cessado. A
escuridão se dissipou, o sol tornou a brilhar e tudo voltou à calma
novamente. Um dos pedreiros que voltava do almoço, disse: “Eu vi quando o
vento e a trovoada pararam de uma só vez.”
No livro O Desejado de Todas as Nações, lemos: “Os anjos de Deus
estão subindo, levando as orações dos necessitados e aflitos ao Pai, em
cima, e descendo, trazendo bênçãos e esperança, auxílio e vida aos
filhos dos homens” (p. 143).
REFLEXÃO: “Mas eu confio na Tua benignidade; na Tua salvação, meu coração se alegrará” (Sl 13:5, ARC).