segunda-feira, 29 de julho de 2013

A Páscoa

Tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na verga da porta. Êxodo 12:7


O Senhor deu a Moisés instruções especiais para os filhos de Israel, no que diz respeito ao que deveriam fazer para protegerem a si mesmos e a suas famílias da terrível praga que estava para cair sobre os egípcios. [...] Nessa noite, tão terrível para os egípcios e tão gloriosa para o povo de Deus, foi instituída a solene ordenança da Páscoa. De acordo com a ordem divina, cada família, sozinha ou junto a outras, deveria matar um cordeiro ou cabrito “sem mácula” (v. 5), e com um molho de hissopo espargir seu sangue “em ambas as ombreiras e na verga da porta” (v. 7) da casa, para que o anjo destruidor, vindo à meia-noite, não entrasse naquela habitação. Deveriam comer “a carne assada”, “com pães asmos; com ervas amargosas” (v. 8), à noite, conforme disse Moisés, com “os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa do Senhor” (v. 11). Esse nome foi dado em comemoração à passagem do anjo por suas habitações. Essa festa deveria ser observada pelo povo de Israel como um memorial em todas as gerações futuras.


O fermento atua secretamente e é um símbolo apropriado para a hipocrisia e o engano. Nessa ocasião, os filhos de Israel deveriam se abster do pão levedado para que a mente deles pudesse ser impressionada com o fato de que Deus requer veracidade e sinceridade na adoração a Ele. As ervas amargas representavam sua longa e dolorosa servidão no Egito, e também a escravidão do pecado. Não bastava simplesmente matar o cordeiro e espargir seu sangue sobre as ombreiras das portas. Ele deveria ser ingerido, representando assim a íntima união que deve haver entre Cristo e Seus seguidores.


Esse ritual foi necessário para provar os filhos de Israel de modo que demonstrassem sua fé no grande livramento que Deus estava para operar em seu favor. A fim de poderem escapar do terrível juízo que logo cairia sobre o Egito, o sinal de sangue devia ser posto em suas casas. Era necessário que eles e seus filhos ficassem separados dos egípcios. [...] Se qualquer israelita fosse encontrado nas habitações dos egípcios, esse cairia pela mão do anjo destruidor.


Foi-lhes dada também a ordem de celebrar a festa da Páscoa como uma ordenança para que quando seus filhos perguntassem sobre seu significado, eles lhes contassem a respeito de como foram maravilhosamente protegidos no Egito (Signs of the Times, 25 de março de 1880).

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