Pois, no dia da adversidade, Ele me ocultará no
Seu pavilhão; no recôndito do Seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me-á
sobre uma rocha. Sal. 27:5.
Sempre existe um “dia da adversidade” para cada um.
Enquanto vivermos neste mundo de dor e tristeza, mais cedo ou mais tarde
haverá um momento em que, literalmente, você não saberá o que fazer nem
aonde ir.
Eu deveria ter uns 25 anos quando, pela primeira vez,
entrei num turbilhão que parecia não ter saída. Quando garoto, corria a
meus pais e eles sempre estavam dispostos a estender-me a mão. Mas eu
já havia crescido, e me sentia sozinho nadando e nadando num mar
tempestuoso, sem avançar um só palmo. O coração doía terrivelmente.
Olhava para todos os lados em busca de socorro, mas ninguém podia fazer
nada por mim. Foi então que me dirigi ao templo. Fiquei ali sentado,
conversando com Deus, abrindo-Lhe o meu coração, chorando aos Seus pés.
Não sei quanto tempo permaneci assim. Só sei que, ao
cair da tarde, as sombras da minha vida haviam desaparecido. Uma paz
indizível inundou o meu coração. O medo desapareceu e saí de lá com
forças para enfrentar as dificuldades que pareciam me destruir.
Hoje entendo o que Davi escreveu. Naquela tarde, o
Senhor me ocultou no Seu pavilhão, no recôndito de Seu tabernáculo me
acolheu e me elevou sobre uma rocha onde ninguém poderia atingir-me.
Existe algo indefinível no templo. É a presença de
Deus. O templo é mais do que simplesmente um conglomerado de tijolo,
cimento e madeira. É o próprio coração de Deus aberto. São Seus braços
dispostos a perdoar, a abraçar e a confortar. E sua própria voz
silenciosa consolando, animando e encorajando.
Deus pode fazer o mesmo em qualquer outro lugar? Pode
sim. Mas no Seu templo há algo que palavras humanas não podem definir. É
preciso viver e experimentar.
Por isso, hoje, se estiver experimentando dissabores
na vida, fale: “No dia da adversidade, Ele me ocultará no Seu pavilhão;
no recôndito do Seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me-á sobre uma
rocha.”