Presta-nos auxílio na angústia, pois vão é o socorro do homem. Sal. 60:11.
Na parábola do filho pródigo, depois de ter esbanjado
tudo, o filho procura ajuda com um fazendeiro rico que o manda cuidar
dos porcos. Final triste para um judeu. Os judeus não podiam sequer
passar perto de um porco. A lição é que o socorro humano, por melhor que
seja, é vão. É como um simples comprimido para a dor de cabeça, quando o
problema é um tumor cerebral.
Isso não significa que devamos rejeitar os recursos
humanos. Médicos, advogados, arquitetos e enfermeiras são necessários.
Tecnologia, remédios e dinheiro são úteis. Mas devem ser vistos como
instrumentos de solução e não como a solução em si.
O ser humano se decepciona por depositar sua
confiança nas próprias forças e não em Deus. Acontece individual e
coletivamente. Aconteceu com Israel. O povo de Israel se esqueceu de
Deus nos tempos de bonança. Achava que os bons ventos nunca passariam,
que a colheita sempre seria farta e o sol sempre brilharia.
Deus não discute quando a criatura se apodera da vida
e vive como se o Criador não existisse. O Senhor observa em silêncio a
insensatez humana. A vida se encarrega de ensinar ao ser humano que “vão
é o socorro do homem”.
Quando o salmista escreveu este salmo, Israel vivia
um momento desses. As coisas não andavam bem. O salmista começa dizendo:
“Ó Deus, Tu nos rejeitaste e nos dispersaste; tens estado indignado;
oh! Restabelece-nos.”
Deus abandona o ser humano? Nunca! É o homem que
abandona a Deus. Depois, sofre, chora e se lamenta. O peso da incerteza
toma conta de seu coração. Todos os seus esforços são vãos. Também,
pudera. Porventura, não é pó? Não foi tomado dele e a ele voltará? Pode
alguém construir um edifício sólido com pó?
O salmista aprendeu essa lição ao ver a tragédia de
seu povo. Todos precisamos aprender. Às vezes com lágrimas, com gemidos,
sem saber aonde ir nem o que fazer. Mas todos, mais cedo ou mais tarde,
precisamos aprender a depender de Deus.
Hoje, antes de sair de casa, diga a Jesus no seu
coração: “Senhor, ‘presta-nos auxílio na angústia, pois vão é o socorro
do homem’.”