A cada nova estação do ano, novas
tendências relativas ao vestuário como um todo aparecem nas vitines. Os
programas de TV apresentam essas novas tendências, diversas reportagens
e revistas ensinam qual o modelo mais adequado para cada tipo físico, e
como fazer combinações interessantes com as novas peças de roupas
disponíveis no mercado.
Até que ponto temos nos relacionado
amistosamente com a moda? Será que essa relação é de fato amistosa, ou
temos nos tornado cada vez mais escravas das novas tendências?
No livro A Ciência do Bom Viver, p. 290, a respeito desse assunto encontramos o seguinte:
“O fazer mudanças no vestuário só por amor da moda não é aprovado pela Palavra de Deus. Modelos sempre variáveis e complicados, custosos adornos, esbanjam o tempo e o dinheiro dos ricos, estragando-lhes as energias da mente e da alma. Impõem às classes médias e mais pobres um pesado jugo. Muitos dos que mal podem ganhar a subsistência e, com modas simples, seriam capazes de fazer os próprios vestidos, são forçados a recorrer à costureira a fim de se vestir segundo à moda. Muita moça pobre, para ter um vestido de estilo, tem-se privado de agasalhadora roupa interna, pagando com a própria vida. Muitas outras, cobiçando a exibição e a elegância dos ricos, têm sido incitadas a caminhos desonestos e à vergonha. Muitos lares se têm privado de conforto, muitos homens têm sido arrastados à fraude ou à bancarrota, para satisfazer às extravagantes exigências da mulher e das filhas.
Muita mulher, forçada a fazer para si mesma ou para os filhos, as extravagantes roupas demandadas pela moda, vê-se condenada a incessante labuta. Muita mãe, com nervos tensos e trêmulos dedos, trabalha arduamente noite a dentro para ajuntar ao vestuário de seus filhos enfeites que nada contribuem para a saúde, o conforto ou a verdadeira beleza. Por amor da moda, ela sacrifica a saúde e a calma do espírito tão essenciais à conveniente direção de seus filhos. É negligenciada a cultura da mente e do coração. A alma fica atrofiada.”
Aqui ela fala do amor à moda, que gera sacrifícios e muitas vezes prejuízo às classes médias e mais baixas, e do amor à moda que faz com que os ricos esbanjem seu dinheiro. Acontece que por trás desses sacrifícios ou do despêndio de dinheiro está a necessidade de visto e reconhecido.
Alguém pode questionar: “Mas nós temos
que andar fora da moda, cafonas, ou desarrumadas?”. Não, não temos!!
Vamos procurar compreender bem o que Deus nos orienta para não cairmos
em extremos, ok?
O amor à moda fala de um amor ao eu. Na verdade, de uma exaltação ao eu. Eu preciso estar atualizada quanto a moda, por que eu tenho que ser bem vista pelas pessoas, eu tenho que me sentir aceita pelos demais e se possível eu tenho que chamar a atenção dos demais.
Esses pensamentos egoístas podem não ser tão conscientes para todos, mas são reais!
A Bíblia diz: “Não terás outros deuses diante de mim.” Êxodo 20:3; “Não seguireis outros deuses, os deuses dos povos que houver ao redor de vós” Deuteronômio 6:14. Por deuses, podemos entender uma série de coisas que ocupam o lugar que somente o SENHOR deveria ocupar em nossas vidas, inclusive a moda e o próprio eu.
Os homens não estão excluídos do assunto da moda e da vaidade. Hoje, são tentados quase que semelhante às mulheres, mas de forma especial gostaria de chamar a atenção de nossas amadas irmãs. Temos um papel muito especial a desempenhar em nosso lar e em nossa sociedade. Nossos esforços e recursos não devem ser usados para alimentar nosso eu e seus desejos mundanos. Devemos andar bem vestidas, como verdadeiras filhas do Rei, mas simples como verdadeiras servas de Cristo.
“Em vez de tentarem cumprir as exigências da moda, tenham as mulheres a força moral de se vestirem saudável e singelamente. Em lugar de se entregar a uma verdadeira labuta, procure a esposa e mãe encontrar tempo para ler, para se manter bem informada, para ser uma companheira de seu marido, e se conservar em contato com a mente em desenvolvimento de seus filhos. Empregue ela sabiamente as oportunidades que tem agora de influenciar os seus queridos para aquela vida mais elevada. Tome tempo para tornar o querido Salvador um companheiro diário, um amigo familiar. Consagre tempo ao estudo de Sua Palavra, para levar as crianças aos campos, e aprender a conhecer a Deus mediante a beleza de Suas obras.” A Ciência do Bom Viver, p. 294.
“Atividades mundanas, esportes, as modas da época – são coisas que ocupam o espírito dos homens e mulheres. Diversões e leituras inúteis corrompem o juízo. Na estrada larga que leva à ruína eterna anda um cortejo longo. O mundo, cheio de violência, festas e bebedice, está pervertendo a igreja. A lei de Deus, o divino padrão de justiça, é considerada de nenhum efeito.” Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 306
“Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens” Mateus 5:13. Que sabor teremos para dar ao mundo se estamos buscando parecer cada vez mais com ele, e estamos correndo atrás daquilo que o mundo prega como sendo importante? Se desejamos ser o sal da terra, o amor e a devoção à moda não deve fazer parte de nossas vidas.
Jesus disse: “E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?”. Não há vestuário melhor do que o que Deus deseja que usemos! Por que não deixar que Deus escolha a nossa roupa ao invés de estarmos apreensivos em seguir aos padrões do mundo? Deus se preocupa com nossa roupa, e sabe melhor do que ninguém nos vestir bem!
Karyne M. Lira Correia