A IASD é originária do Movimento Millerita, que foi parte do Segundo Grande Despertar ocorrido na década de 1840 no Oeste dos Estados Unidos, que na época consistia das áreas próximas aos montes Apalaches.
William Miller (1782-1849), um agricultor, converteu-se à Igreja Batista e começou a estudar intensamente a Bíblia. Utilizando uma Bíblia e um material de estudo de textos bíblicos conhecido como Concordância de Cruden, conclui que o Santuário
descrito na profecia de Daniel 8:14 referia-se à Terra e a purificação
do mesmo ao retorno de Jesus. Fazendo uso de um método de interpretação
de profecias bíblicas conhecido como princípio dia-ano (Números 14:34; Ezequiel 4:6), concluiu que as "2300 tardes e manhãs" referidas, iniciavam-se em 457 a.C
e se cumpriam entre março de 1843 e março de 1844. Como o fato não
ocorreu (a volta de Jesus), o retorno aos estudos sobre o assunto gerou
uma compreensão mais acurada. Samuel S. Snow, ministro protestante milerita, concluiu que a purificação do santuário descrita na profecia ocorreria de acordo com o calendário judaico dos caraítas em 22 de outubro de 1844.
Miller começou a pregar a volta iminente de Cristo e ajuntou um bom número de adeptos, mas na data nada ocorreu, gerando O Grande Desapontamento.
Enquanto a maioria dos Milleritas acabaram por desanimar, vários grupos
continuaram estudando a bíblia e constataram que a profecia não tratava
da volta de Cristo e sim de eventos celestiais relatados no livro de Hebreus. Um desses grupos foi liderado pelo capitão aposentado Joseph Bates e pelo casal James White
e Ellen G. Harmon (depois White). Vale lembrar que Miller não originou a
Igreja Adventista do Sétimo Dia, pois ele continuou a guardar o
domingo.
Joseph Bates foi convencido sobre a guarda do Sábado como o sétimo dia Sagrado, através de contato com os Batistas do Sétimo Dia, através de Rachel Oakes. Bates organizou confêrencias sabatistas em New Hampshire a partir de 1846.
Em 1844, Ellen G. White teve sua primeira visão. Durante seu ministério (1844-1915) ela escreveu cerca de 100.000 páginas e teve 2.000 sonhos e visões.
Embora o nome "Adventista do Sétimo Dia" tenha sido escolhido em
1860, a denominação oficialmente foi organizada em 21 de maio de 1863,
quando o movimento já se compunha de cerca de 125 igrejas e 3.500
membros.
Organização e Reconhecimento
Por cerca de 20 anos o movimento adventista era um pequeno grupo
livremente constituído por pessoas que vieram de muitas igrejas, cujo
principal meio de conexão e interação foi através de Tiago White e o periódico The Advent Review and Sabbath Herald[34]. Eles abraçaram a doutrina do sábado, a interpretação de Daniel 8:14 sobre o santuário celestial, a imortalidade condicional e a expectativa do retorno de Cristo antes do milênio. As figuras mais proeminentes da fundação da igreja foram Joseph Bates, John Andrews, Urias Smith e Tiago White. Ellen White passou a ocupar um papel de respeito na igreja. Suas muitas visões centradas na Bíblia e a liderança espiritual que ela exerceu convenceram a IASD de que ela possuía o Dom de Profecia.
A igreja foi criada formalmente em Battle Creek, Michigan, no dia 21 de maio de 1863, com uma adesão de 3500 membros. A sede denominacional foi mais tarde mudada de Battle Creek para Takoma Park, Maryland, onde permaneceu até 1989. A sede da Associação Geral, em seguida, mudou-se para sua localização atual em Silver Spring, Maryland.
Até 1870 a igreja teve uma política da "porta fechada" focada nos
veteranos que passaram pela experiência de 1844, vendo-os como um
remanescente salvo [35].
A adesão foi de apenas 5.400 e a igreja se não se abria a novos
membros. Somente a partir de 1870, a denominação voltou-se para o
trabalho missionário e renovou-se, triplicando sua participação para
16.000 em 1880 e estabelecendo sua presença além da América do Norte
durante o final do século XIX, com as missões internacionais de John N.
Andrews na Europa. O rápido crescimento continuou, com 75.000 membros
em 1901. Por essa altura, funcionavam duas faculdades, uma escola de
medicina, algumas dezenas de academias, 27 hospitais e 13 editoras. Em
1945, a igreja informou que tinha 226.000 membros nos EUA e Canadá, e 380.000 em outros lugares. O orçamento foi de US $ 29 milhões e as matrículas em escolas da igreja chegaram a 40.000.
Na Conferência Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, realizada em
2010, os relatórios apontaram para um número de cerca de 17 milhões de
adventistas em todo o planeta.
Expansão
A IASD concentrou-se na América do Norte até 1874, quando John N. Andrews foi enviado para a Suíça como primeiro missionário oficial além-mar. A África
teve seu primeiro contato com o adventismo em 1879, quando o Dr. H. P.
Ribton, um recém-convertido na Itália, mudou-se para o Egito e abriu uma
escola, mas o projeto foi encerrado quando houve uma revolução nas
redondezas da escola. O primeiro país não-protestante a ser atingido foi
a Rússia em 1889 com a chegada de um ministro.
Em 20 de outubro de 1890 a escuna Pitcairn aportou em São Francisco, Califórnia
e logo se ocupou em levar missionários para as Ilhas do Pacífico. Os
adventistas do sétimo dia entraram em países não-cristãos pela primeira
vez em 1894 – Costa Dourada, (Gana), África Ocidental, e Matabeleland, África do Sul. Neste mesmo ano missionários foram enviados à América do Sul, e em 1896 havia também representantes no Japão.
Em 1929, o pastor H.M.S. Richards transmitiu uma série de temas bíblicos na rádio KNX, em Los Angeles, Califórnia.
Na ocasião, os amigos de Richards o repreenderam dizendo que usar o
rádio para a pregação era um engano de satanás. Apesar das críticas ele
prosseguir seu trabalho com grandes resultados, se tornando um pioneiro
na pregação do Evangelho nos meios eletrônicos.
Em 1937, a série bíblica passou a ser apresentada em uma rede de
rádio e transmitida em vários estados americanos. Foi ai que o programa
passou a chamar-se A Voz da Profecia, programa que até hoje é transmitido em vários países e línguas.
A IASD tem apresentando um crescimento notável na América do Sul e
África com atuação reconhecida na área de saúde. Nos Estados Unidos a
denominação apresentou crescimento líquido de 11% no período de 1990 a
2001, segundo estudo da City University of New York,[70] indo de 668000 a 724000. Atualmente apresenta naquela localidade 908450 membros (crescimento de 25% em 5 anos).
Em um século e meio, a Igreja Adventista do Sétimo Dia cresceu de um
grupo de pessoas de várias denominações que estudavam a Bíblia, para uma
comunidade mundial, totalizando em 2006
mais de 15 milhões de membros batizados e outros 6 milhões de
simpatizantes espalhados em 208 países do globo. Estima-se que,
levando-se em conta as crianças e outros membros ainda não batizados,
como fazem as outras igrejas, o número de adventistas chegue aos 30
milhões.
O Adventismo no Brasil
No Brasil são 1.600.000 membros da IASD em 2008 sob a coordenação de
sete Uniões que administram as Associações e Missões. As instituições da
IASD do Brasil e de sete países latino-americanos formam a Divisão Sul
Americana, com sede em Brasília, DF.
Pioneiros Adventistas no Brasil John Lipke (1875-1943)
Missão Adventista
Iniciado no final de 1800, o trabalho missionário adventista atinge
atualmente mais de 200 países e territórios. Os trabalhadores da missão
adventista pregam o Evangelho, promovem a saúde através de hospitais e
clínicas ligadas a igreja, executam projetos de desenvolvimento para
melhorar a qualidade de vida e proporcionar alívio em tempos de
calamidade.
O alcance Missionário da Igreja Adventista do Sétimo Dia destina-se
aos não-cristãos e aos cristãos de outras denominações. Os adventistas
crêem que Cristo pediu a seus seguidores na Grande Comissão que
alcançassem o mundo inteiro. Os adventistas são cautelosos, no entanto,
para garantir que o evangelismo não impeçam ou interfiram nos direitos
fundamentais do indivíduo. Liberdade Religiosa é uma postura que a
Igreja Adventista apoia e promove.