Outro dia, uma senhora perdeu a guarda do filho, só porque
o marido tinha muito dinheiro e contratou os melhores advogados. A senhora estava
revoltada e decidiu fazer um trabalho de macumba contra o marido. Foi nessas
circunstâncias que ela conheceu o evangelho e aceitou a Jesus.
Para aquela mulher e tantas outras pessoas que sofrem injustiças,
a oração do salmista deve ter muito sentido. Fraude e injustiça andam de mãos
dadas. O fraudulento usa a mentira, o disfarce, o engano e a astúcia como armas.
Compra consciências e acha que tem o controle da vida.
Quando você é vítima de alguma injustiça, pode chegar até o
fundo do poço. Era assim que Davi se sentia. Ele diz no verso 2: “Por que me
rejeitas? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos?”
Rejeição e opressão. Na há nada mais doloroso do que se sentir
rejeitado. Nada mais humilhante do que estar oprimido. A vítima da injustiça
perde a auto-estima e cai na depressão.
Aonde vão os filhos de Deus diante das adversidades? Quando
você acha que a vida não está sendo justa com você, quando bate às portas das
oportunidades e todas se fecham?
O salmista sabia aonde ir. Ele implora a Deus por justiça.
“Faze-me justiça, ó Deus”, ele clama. Fazer justiça, do verbo hebraico shapat,
tem um sentido jurídico. Shapat expressa a atividade de uma pessoa
que atua como intermediária entre duas partes que estão em conflito.
Na vida espiritual, também existe um conflito permanente. Não
é justo o que o inimigo faz com os filhos de Deus na Terra. Não é justa a maneira
como ele destrói famílias, estraçalha sonhos e acaba com as pessoas.
A morte de Cristo na cruz do Calvário foi a resposta divina
ao clamor humano. Nunca houve e nunca haverá ato vindicatório maior que o sacrifício
de Jesus na cruz.
Por isso, hoje, não se sinta diminuído diante das injustiças
da vida. Levante a cabeça, olhe o horizonte de oportunidades que Deus apresenta
diante de você e clame: “Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa contra
a nação contenciosa; livra-me do homem fraudulento e injusto.”