MITO Número 1: Antes de ir a Jesus devo primeiro me arrepender.
Não pense que você só pode ir a Cristo após o arrependimento, e que o arrependimento prepara você para o perdão dos pecados.
É verdade que o arrependimento antecede o
perdão. Contudo, somente o coração quebrantado e contrito sente
necessidade de um Salvador. Mas será que é preciso esperar por isso,
para depois ir a Cristo?
Não. A
Bíblia não ensina assim. Ela simplesmente diz: “Vinde a Mim” (Mateus 11:
28). Cristo dá o poder que leva ao arrependimento. É tão impossível se
arrepender sem Cristo como é impossível ser perdoado sem Ele. É a
bondade de Deus que cria o desejo de mudar.
MITO Número 2: Estou bem do jeito que sou.
Muitas vezes, bajulamos a nós mesmos com o
pensamento de que realmente estamos muito bem, levamos uma boa vida
moral e somos decentes. Não nos vemos como impuros e cheios de pecado, e
assim não vemos a real necessidade de uma humilde renovação.
Errado.
Mesmo o profeta Daniel, a pessoa mais
honesta, pura e fiel pelos padrões humanos, disse de si mesmo a Deus:
“Temos pecado e cometido iniqüidade” (Daniel 9:5). Ele se sentia
oprimido pelo senso de sua própria fraqueza e imperfeição.
Sem esquecer nosso valor perante Cristo
que morreu por nós, quando nos aproximamos dEle, vemos como realmente
somos: cheios de pensamentos, palavras e ações corrompidas.
Com respeito aos atos exteriores perante a
lei de Deus, Paulo se considerava “irrepreensível” (Filipenses 3:6),
mas, com relação ao caráter espiritual da lei, ele via a si mesmo como
um pecador igual a qualquer um de nós.
MITO Número 3: Há pecados piores do que outros — e os meus não são tão ruins.
A avaliação de Deus é diferente. Ele não
considera todos os pecados de igual magnitude. Ele vê diferentes graus
de culpa (embora nenhum pecado seja pequeno a Seus olhos).
Nós olhamos para o bêbado na sarjeta ou
para o viciado em drogas, por exemplo, e dizemos: “Coitado, com isso que
está fazendo nunca conseguirá chegar ao Céu.”
Cuidado: Deus julga as pessoas de forma
diferente. A maneira como Cristo tratou os líderes religiosos de Seus
dias, que eram aparentemente justos e moralistas, demonstra essa
diferença.
Pecados como o orgulho, egoísmo e
ganância, que geralmente não são vistos e, portanto, nunca censurados,
são os que Deus realmente odeia. Por isso, Cristo não hesitou em chamar
os fariseus e saduceus de hipócritas. Eles aparentavam uma vida de
santidade, mas eram completamente cheios de justiça própria.
Mas isso gera um problema. Pelo fato de
alguns pecados serem auto-evidentes, a pessoa sentirá vergonha e
necessidade de graça. Mas o orgulhoso – pela própria natureza do seu
pecado – não sente nenhuma necessidade e por isso não busca o perdão.
A história do publicano e do fariseu (ver
Lucas 18:13) ilustra isso. “Deus, tem misericórdia de mim, pecador”,
disse o publicano, que considerava a si mesmo como um homem mau e grande
pecador. Mas ele sentia uma necessidade, e foi buscar o perdão de Deus.
Por outro lado, o aparentemente justo,
mas orgulhoso fariseu, com uma oração carregada da justiça própria,
mostrou que seu coração estava fechado ao poder do Espírito Santo. Ele
não sentia necessidade. Ele não esperava e não recebia nada.
MITO Número 4: Eu tenho que me purificar primelro, antes de Deus me aceitar.
Se você se considera um pecador, não espere se tornar melhor antes de ir a Cristo. Isso nunca acontecerá.
Os leopardos não podem mudar suas manchas. A única ajuda que você pode ter vem de Deus. Você não pode fazer nada por si mesmo.
Você tem que ir a Cristo do jeito que
está. Não fique esperando por fortes apelos, um momento mais
conveniente, ou mesmo um estado mental mais “santo”.
MITO Número 5: Deus, em Seu Infinito amor, vai salvar até os que rejeitarem Sua graça.
Se você pensa assim, olhe para a morte de
Cristo na cruz. Isso mostra como Deus considera o pecado. A verdadeira
natureza do pecado pode ser vista na intensidade do sofrimento de
Cristo. Cada pecado conduz à morte.
O amor e o sofrimento de Cristo ao
agonizar por nossos pecados revelam que qualquer ato pecaminoso se opõe à
salvação. É essencial aceitar a graça de Deus.
MITO Número 6: Em comparação com os outros, estou muito bem.
Uma pessoa que pensa assim diz: “Olhe para outros que são chamados de cristãos, sou tão bom quanto eles.”
Às vezes, as pessoas apresentam essa
justificativa como uma desculpa para o próprio comportamento. Mas isso
não faz o menor sentido. Os pecados e defeitos dos outros não são uma
desculpa para os nossos. Cristo é nosso único exemplo.
De fato, parece lógico pensar que aqueles
que reclamam do comportamento dos outros possuem um senso de moralidade
e decência mais elevado, e têm maior obrigação de viver uma vida
melhor. Mas, se eles possuem um conceito tão alto do que constitui uma
vida nobre, então cada erro deles não teria também uma dimensão muito
maior?
MITO Número 7: Sempre há uma nova chance.
Em todos os aspectos da vida, cuidado com
a procrastinação. Nunca se acomode em uma vida pecaminosa, deixando de
buscar a graça e o perdão de Jesus. A vida é curta e incerta.
Mas há outro perigo a que todo mundo está
sujeito: se você abafa a voz da consciência, e escolhe conviver com uma
vida de pecado, você está se arriscando a ser dominado pelo pecado.
Cada vez que você satisfaz a si mesmo e
acalma a consciência com o pensamento de que pode mudar amanhã, você
corre o risco de neutralizar o poder do evangelho para operar em sua
vida. A vontade de mudar vai diminuindo com o tempo. “Agora é o dia da
salvação” (II Coríntios 6:2).
MITO Número 8: Se eu conheço e acredito, estou salvo.
Uma religião Intelectual, sem que haja
mudança de coração, é apenas uma formalidade sem substância. Alguns
crêem em Cristo (e até os demônios crêem), e concordam mentalmente com
os aspectos técnicos e legais do evangelho, mas falta um desejo sincero
d’participar desse evangelho.
Essas pessoas precisam pronunciar a
oração de Davi: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro…” (Salmo 51: 10).
Aplique isso com sinceridade a você mesmo.
MITO Número 9: A salvação é muito difícil.
Ao olhar para você mesmo e ver a
verdadeira natureza de sua vida cheia de pecado, você pode sentir-se
tentado a entrar em desespero. Não faça isso. Cristo veio salvar você. E
para Ele, isso é muito fácil. Afinal de contas, não somos nós que temos
que reconciliar Deus conosco, mas Deus é quem nos reconcilia com Ele
(II Coríntios 5:19).
Deus chama a Si mesmo de nosso Pai. Nem
mesmo o melhor dos pais terrestres poderia ser tão paciente com os erros
e culpas dos filhos como Deus o faz com Suas criaturas, isto é, conosco
a quem Ele deseja salvar.
E se você pensa que sua vida é tão má que
a salvação está muito além do seu alcance (exatamente como Satanás
deseja que você acredite), pense na história de Maria Madalena, a
ex-prostituta (ver Lucas 7). Simão, referindo-se ao passado dela,
questionou sua aceitação por parte de Cristo.
Por isso, Cristo contou uma história a
Simão, o acusador. “Havia dois devedores” (pecadores), começou Cristo.
Um deles devia uma pequena quantia e o outro devia uma enorme e
incalculável fortuna. Mas os dois foram absolvidos, e a dívida foi
cancelada pelo credor. “Quem você acha que ficou mais agradecido?”,
Cristo perguntou. A resposta é óbvia.
O que Cristo oferece a você é o mesmo que
ofereceu a Maria e oferece a qualquer pessoa que se sente acusada:
“Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos
aliviarei” (Mateus 11:28). — Adaptado de ElIen White, Caminho a Cristo.
Fonte: Sinais dos Tempos, Dez