Se observares, Senhor, iniqüidades, quem, Senhor, subsistirá?
Contigo, porém, está o perdão, para que Te temam. Sal. 130:3 e 4.
Contigo, porém, está o perdão, para que Te temam. Sal. 130:3 e 4.
A culpa tem o terrível poder de paralisar. Paralisa a vida, os planos e os sonhos. Faz a pessoa sentir-se suja, indigna e sem direito a nada. Existe muita gente fracassada na vida porque, inconscientemente, aceita a derrota como uma forma de autopunição. Essas pessoas crêem que o sofrimento e a culpa que sentem podem de alguma forma contar ponto a seu favor diante de Deus.
O salmista conhecia muito bem o peso da culpa, por isso menciona a Deus duas vezes, numa frase tão curta. “Se observares, Senhor, iniqüidades, quem, Senhor, subsistirá?” Sal. 130:3. Sentia-se pó. Por mais que tentasse justificar ou sublimar a culpa, a sua iniqüidade o condenava. O martelo do passado crucificava-o no madeiro de sua própria consciência.
Quem, Senhor, subsistirá? É a pergunta que perturbou o ser humano ao longo dos tempos. A resposta é: Ninguém. Porque o pecado mata. Lentamente, aos poucos, imperceptivelmente. No início, tudo parece maravilhoso. Você sente coisas que nunca sentiu. Acha-se livre como um passarinho. Toma sua vida e voa pelo mundo sem limites nem fronteiras que a sua imaginação cria.
Mas o tempo passa. Implacável. Cruel. Insensível. E quando você começa a perceber os estragos na sua vida – física, moral ou psíquica – já é tarde. As sombras da noite já o envolvem. Você gostaria que o dia se prolongasse para mudar o rumo das coisas, mas sente como se a própria vida escapasse das suas mãos. Não há dúvida. O pecado mata. Ninguém subsiste a ele.
Por isso, a única solução está no perdão, e o perdão só pode ser alcançado em Jesus. Esse dom divino é oferecido gratuitamente a todos, mas só o recebem os que O temem. Esse temor não tem nada a ver com medo. É o resultado do amor, nascido de um coração agradecido que aprendeu a confiar em Deus e a acreditar nas Suas promessas.
A despeito do seu passado, hoje pode ser um novo dia para você. Ontem já foi. Não conta. O futuro ainda não chegou. Está nas mãos de Deus. Aproveite o seu presente para dizer como o salmista: “Se observares, Senhor, iniqüidades, quem, Senhor, subsistirá? Contigo, porém, está o perdão, para que Te temam.”