quinta-feira, 12 de abril de 2012

O Cordeiro de Deus: A Salvação no Santuário

João 1: 29 e 36
I – INTRODUÇÃO:
Era a ocasião da páscoa, muitos vinham de todas as direções, para as celebrações daquela sexta-feira. Rafael levantou cedo, tomou um cordeiro segundo as orientações da Torah e juntamente com seus dois filhos, se dirigiu a Jerusalém. Quando lá chegaram, não havia clima de adoração, mas um tumulto incomum, um homem estava sendo julgado, Rafael não viu motivo para tal condenação, os seus filhos não estavam entendendo os acontecimentos, e a recomendação do pai era “olhem o cordeiro, para que não fuja a nossa oferenda”.
Açoitaram o homem e uma parte da cruz foi posta sobre seus ombros, ele sangrava enquanto caminhava pelas ruas da cidade. A multidão e o barulho o deixaram com seus filhos espremidos em um trecho onde o homem passou segurando a cruz quando aquele homem cai aos seus pés, eles estão assustados, o guarda manda-o ajudar ele tem que carregar dali em diante a cruz, os filhos ficam sozinhos com o cordeiro. Depois da crucifixão, ele está todo sujo de sangue, e absorto olha acima do calvário as três cruzes; seus filhos se aproximam dizendo pai há muita coisa que não entendemos, o filho maior chorando enquanto caminham diz: pai perdemos o cordeiro.
O pai se volta, coloca os filhos sobre as pernas e apontando ao calvário para a cruz do meio diz: Filhos olhem o Cordeiro!
João foi o único a afirmar que Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e isso por duas vezes, e com esta frase certamente por divina revelação faz uma interpretação de toda teologia do Antigo Testamento.
Nesta hora queremos voltar ao Santuário e ver a figura do cordeiro como parte do culto e adoração nos rituais do santuário, queremos também dar uma olhada na figura profética do cordeiro se cumprindo na Pessoa, vida e morte de Jesus Cristo. E finalmente queremos encerrar no Apocalipse lavando nossas vestes no sangue do Cordeiro, chamados à Ceia das Bodas do Cordeiro, cantando o cântico do Cordeiro, sendo aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto.
II – O CORDEIRO NO CULTO DO SANTUÁRIO, NA PROFECIA DO ANTIGO TESTAMENTO E NA VITÓRIA DO APOCALIPSE.
A – O Cordeiro no Culto do Santuário.
A palavra grega usada aqui por João é amnos do hebraico (keBes). É aplicada a Jesus quatro vezes, duas explicitamente por João (1:29, 36) e comparativamente por Lucas e Pedro (At. 8:32; I Pe. 1:19).
Esta palavra é encontrada nos escritos sacerdotais e em Ezequiel, em trechos de natureza ritualística e sacrificial.
1. Os cordeiros são oferecidos como ofertas e sacrifícios.
a. Desde a instituição da Páscoa (Êx. 12:3) lá estava o cordeiro.
b. Sacrifícios pacíficos Lev.3:6 e 7.
c. Sacrifícios por ignorância Lev. 4:32.
E em muitas outras ocasiões sempre um cordeiro teria que derramar o seu sangue como desde o Éden.
O cordeiro desempenha um papel importante como animal sacrificial no culto público de Israel.
João diz que Jesus é “o Cordeiro de Deus”, Assim ilustrou a fusão de vários temas teológicos do Velho Testamento como aplicados ao ministério de Jesus pela reflexão cristã antiga. João faz uma aplicação sem precedente a Jesus como o cordeiro. Jesus cumpriu muitas das funções espirituais simbolizadas pelo cordeiro no Velho Testamento, embora a todas transcendesse. Ele era o verdadeiro sacrifício da páscoa, a oferta sem mácula (I Cor. 5:7; I Pe. 1:19).
Jesus é o contínuo, e assim por diante, bem sabemos que João usou o cordeiro como um símbolo do sacrifício em geral. É como se ele tivesse dito: “Aqui está a realidade da qual todos os sacrifícios de animais eram meros símbolos”.
O Cordeiro de Deus foi o cumprimento de todos os tipos do Antigo Testamento no tocante ao sistema de sacrifícios.
B – O Cordeiro na Profecia do Antigo Testamento.
1. Alguns estudiosos encontram na linguagem de João uma referência bastante explícita ao servo de Isaías: por trás do grego “amnos” eles vêm o hebraico (talyA) que pode significar tanto servo, como cordeiro. É bastante provável que o “servo” de Isaías tenha influenciado o pensamento e a fraseologia de João.
2. Isaías 53:7 – Lança luz – o servo do Senhor que sofre com paciência, é como cordeiro levado ao matadouro e que permanece mudo perante seus tosquiadores. Aqui temos a figura de uma pessoa que preenche a função de um animal sacrificial.
3. Ninguém questiona que Isaías 53 se cumpre em Jesus Cristo. O que estamos fazendo aqui é um paralelo entre o “Cordeiro de Deus” de João e o “como cordeiro foi levado ao matadouro” de Isaías 53:7.
4. Podemos dizer com convicção que “o Cordeiro de Deus” era o “servo” que sofria como um cordeiro.
5. E o que mais liga João 1:29 a Isaías 53 é a expressão: “que leva os pecados do mundo”; Nenhum animal pode remover os pecados, então o próprio Deus providencia uma oferenda que pode realmente realizar tal remoção.
6. No Novo Testamento, Jesus é descrito como cordeiro em três aspectos diferentes:
a) Seu sofrimento com paciência – At. 8:32.
b) A perfeição sem pecado do seu sacrifício – I Ped. 1:19.
c) O Poder expiador de sua morte – João 1:29.
7. Ele é o sacrifício perfeito;
Ele é o servo sofredor que toma as iniqüidades e os pecados sobre si como o cordeiro que tira o pecado do mundo.
C – O Cordeiro Vitorioso do Apocalipse.
1. Apocalipse 5: A visão do livro selado – quem pode abrir os selos?
O cordeiro como tendo sido morto (v.6);
Porque foste morto (v.9);
A morte é a vitória que o habilita a abrir o livro – e com o sangue mais uma vez a idéia do resgate “compraste” (v.9).
Assim o Cordeiro é digno de toda adoração. Isso inclui: louvor, honra, glória e domínio pelos séculos dos século. Todas as criaturas irrompem em cânticos louvando ao Cordeiro por Sua vitória.
2. Apocalipse 7:14-17 – mais uma referência ao Cordeiro. A multidão de vestiduras brancas. “Quem são e de onde vêm?”
Vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras no sangue do Cordeiro e o Cordeiro os guiará e os apascentará.
3. Apocalipse 17:14 – Os dez chifres pelejam contra o cordeiro. “O cordeiro os vencerá e vencerão os que se acham com Ele”.
4. Apocalipse 19:7, 9 – é a hora do júbilo no Céu, na ceia das bodas do Cordeiro. É o momento de celebrar a vitória final ao lado do Cordeiro. Estamos ataviados como a noiva. Bem aventurados os convidados às bodas.
5. Apocalipse 22:1, 3 – o trono do Cordeiro.
O Cordeiro foi ao calvário para vencer e voltar ao trono com seus súditos fiéis. “E ali os seus servos o servirão”. Serviremos Àquele que por nós se entregou.
III – CONCLUSÃO
Jesus cumpriu muitas das funções espirituais simbolizadas pelo cordeiro no Antigo Testamento, contudo, Ele foi transcendente a todas elas. Ele era:
1. O servo que sofria como um cordeiro;
2. O verdadeiro sacrifício da páscoa;
3. A oferta sem mácula;
4. O líder morto, porém vencedor.
E quando como cristãos instruídos celebramos a Ceia do Senhor somos herdeiros de todos os múltiplos significados que pertencem a este rico símbolo.
Nos momentos mais críticos da história do homem Deus sempre oferece um cordeiro.
Para Adão e Eva o cordeiro proveu vestimentas apropriadas; Para os israelitas no êxodo, o sangue do cordeiro significou a preservação da vida; Para Abraão no Moriá, o cordeiro foi a providência de Deus, o substituto de Isaque; Finalmente, para todos, Jesus é o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.
APELO:
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Se está sentindo o frio de uma consciência culpada, olhe para o Cordeiro! Sua lã poderá aquecê-lo;
- Se sente manchado por uma iniqüidade em sua alma, olhe para o cordeiro! Seu sangue pode purifica-lo;
- Se sente um vazio profundo em seu coração, olhe para o cordeiro! Ele pode preencher sua vida trazendo a alegria da salvação.

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