quarta-feira, 21 de março de 2012
"Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei..." (Daniel 7:25)
A ira e o desprezo contra a Lei de Deus, especialmente contra o 4.º mandamento, nunca foi algo que Satanás procurou esconder (Ezequiel 28:15 cf I João 3:4), e hoje, muitos mantêm os mesmos sentimentos. Ao longo dos séculos valendo-se de homens envolvidos por vãs filosofias, cobiça e ambição por poder e prestígio, o arqui-inimigo de Deus tem trabalhado incansavelmente para atingir seus desígnios escusos, sendo o principal, desviar a adoração da humanidade ao Deus Criador. Satanás não possui o direito de ser reverenciado, e como não conseguiu usurpá-lo(a) (Isaías 14:12-15 cf Apocalipse 12:7-10), esforça-se para desviar do SENHOR toda a "honra e a glória" (I Timóteo 1:17). E para alcançar este propósito ele ataca o Decálogo intensamente (Apocalipse 12:17 cf Apocalipse 14:12).
Sendo a adoração e a obediência destinadas unicamente a Deus a causa desse "grande conflito", observa-se que alterações no segundo e no quarto mandamento de Sua lei afetariam de forma mais severa esses dois princípios. Fazendo o comparativo entre os Dez Mandamentos escrito por Ele e, os "dez mandamentos" adulterados1 por Satanás, percebe-se claramente a intenção de anular os verdadeiros propósitos desses preceitos.
OS DEZ MANDAMENTOS - Conforme Êxodo 20:3-17 (Originais - de acordo como Deus escrevera)
1. Não terás outros deuses diante de Mim.
2. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.
3. Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
4. Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva (...) porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.
5. Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá.
6. Não matarás.
7. Não adulterarás.
8. Não furtarás.
9. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
10. Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo.
OS DEZ MANDAMENTOS - De acordo com a Igreja de Roma (Modificados pelo homem - induzido por Satanás)
1. Amar a Deus sobre todas as coisas.
2. Não tomar seu santo nome em vão.
3. Guardar domingos e festas.
4. Honrar pai e mãe.
5. Não matarás.
6. Não pecar contra a castidade.
7. Não furtarás.
8. Não levantar falso testemunho.
9. Não desejar a mulher do próximo.
10. Não cobiçar as coisas alheias.
A Igreja Romana retirou o segundo mandamento que proíbe a confecção e adoração de imagens. Com isso o terceiro mandamento, para ela, passou a ser o segundo; o quarto mandamento totalmente alterado tornou-se o terceiro;2 o quinto mandamento ficou no lugar do quarto e assim sucessivamente. E para manter o número total de 10 (dez) mandamentos, o décimo foi dividido em dois. Essas mudanças estão registradas na vasta literatura da Igreja de Roma (Igreja Católica Apostólica Romana).
Pode-se observar ainda, uma alteração sutil no 1.º mandamento. No texto original é dito: "Não terás outros deuses diante de Mim"; este mandamento requer aceitação e adoração ao único Deus Criador. O texto reeditado diz: "Amar a Deus sobre todas as coisas". Neste último caso não há proibição direta quanto a venerar "deuses" (Jeremias 16:20), e fica implícito que não é necessariamente proibido adorá-los, desde que estes não sejam considerados superiores ao Deus Onipresente, Onisciente e Onipotente descrito na Bíblia.
"Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus." (II Tessalonicenses 2:3-4)
Compare o alerta do apóstolo Paulo em II Tessalonicenses 2:3-4, com estas declarações provenientes da Igreja de Roma:
"O papa é de tal dignidade e grandeza que ele não é um simples homem, mas, como se fosse Deus, o vigário de Deus. (...) Por conta da excelência de sua suprema dignidade, ele é chamado bispo dos bispos, (...) monarca divino, supremo imperador e rei dos reis. Por isso o papa está coroado com uma tríplice coroa, como rei do céu e da terra e do inferno (infernorum). Mais que isso, a excelência e poder do papa não é somente sobre temática celestial, terrestre e do inferno, mas, ele também está acima dos anjos, é o superior deles; então se for possível que os anjos errem na fé, ou cogitem sentimentos contrários a ela, eles poderiam ser julgados e excomungado pelo papa.
Ele é de tão grande dignidade e poder, que ocupa um único e idêntico tribunal com Cristo; de modo que, tudo o que o papa faz, parece proceder da boca de Deus. (...) O papa é, por assim dizer, Deus na Terra, único príncipe dos fiéis de Cristo, o maior rei de todos os reis, tendo a plenitude do poder, a quem o governo do reino terrestre e celestial é confiado."3 "As sentenças que ele ordena são imediatamente ratificadas no Céu."4
"O papa é de tão grande autoridade e poder, que ele pode modificar, declarar, ou interpretar até as leis divinas. (...) pode, às vezes, contrariar a lei divina, ao limitar, explicar, etc. (...) pois seu poder não provém do homem, mas de Deus, ele supri o lugar de Deus na Terra."5
Com base nessa fictícia e demoníaca afirmativa de possuir poder e soberania proveniente de Deus e, até mesmo ostentando ser como Deus, é que a Igreja de Roma modificou os Dez Mandamentos entregues no Monte Sinai; cumprindo deste modo as profecias de Daniel 7:25 e Apocalipse 13:5-6. Contudo, deve-se ressaltar que: As mudanças no Decálogo não ocorreram por um único papa, ou, em um momento específico na era cristã. Essas modificações aconteceram de forma gradual através dos séculos por meio de vários concílios coordenados pela Igreja Romana. A seguir algumas declarações provenientes de teólogos e fundadores do protestantismo, confissões de fé e outras literaturas oficiais que são contrárias a essas alterações na Lei de Deus.
IGREJA ANGLICANA
Sequência de perguntas e respostas extraídas do Catecismo Anglicano:6
Pergunta: Disseste que os teus padrinhos prometeram solenemente que guardarias a santa vontade de Deus e os Seus mandamentos. Dize-me quantos mandamentos há.
Resposta: Dez.
Pergunta: Quais são?
Resposta: Os mesmos que Deus pronunciou, como se encontra no capítulo vinte do livro de Êxodo, dizendo: EU sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. I. Não terás outros deuses diante de Mim. II. Não farás para ti imagem de escultura (...) III. Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão (...) IV. Lembra-te do dia de sábado, para o santificar (...) V. Honra teu pai e tua mãe (...) VI. Não matarás. VII. Não adulterarás. VIII. Não furtarás. IX. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. X. Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo (...)".
Pergunta: Que entendes principalmente desses mandamentos?
Resposta: Entendo duas coisas: O meu dever para com Deus, e o meu dever para como o meu próximo.
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS
"Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei (3.4, versão ARA). (...) Não é simplesmente uma questão de violar uma regra específica do código, mas sim uma questão de uma atitude rebelde. Foi Deus quem deu a lei, portanto a transgressão da lei é, no fundo, uma rebelião contra Deus."7
"Os Dez Mandamentos foram pronunciados por Deus e escritos por Ele em duas tábuas de pedra, Êx 31.18. Foram escritos de ambas as bandas, Êx 32.15. Não se deve pensar que não existia nada destes mandamentos, antes de Moisés. Foram escritos nas mentes e nas consciências dos homens desde o princípio. Não há pecado que não é condenado por um dos Dez Mandamentos. A súmula do Decálogo é o dever para com Deus e o dever para com o próximo; melhor, é o amor para com Deus e o amor para com o próximo."8
"(...) Não podemos decidir manter uma parte da lei de Deus e ignorar o restante dela. Não se pode infringir a lei 'só um pouco'; aquele que infringi-la, precisará de Cristo para pagar por seu pecado. (...) A graça de Deus não cancela o nosso dever de obedecê-lo; ela dá à nossa obediência uma nova base. A lei não é mais um conjunto exterior de regras, mas é a 'lei da liberdade' - uma lei que cumprimos alegre e voluntariamente, por amarmos a Deus e termos o poder de Seu Espírito Santo (ver 1.25)."9
"Ao responder à pergunta do jovem sobre como alcançar a vida eterna, Jesus lhe disse que devia obedecer aos Dez Mandamentos de Deus. Em seguida, Jesus relacionou seis deles, todos referentes ao relacionamento com os semelhantes."10 "A salvação em Cristo não significa que a Lei perdeu o seu valor. Na realidade, a justificação pela fé confirma a Lei, quanto ao seu propósito e função original. Mediante sua reconciliação com Deus e a obra regeneradora do Espírito Santo, o crente é capacitado a honrar e obedecer à Lei moral de Deus."11
IGREJA BATISTA
"A lei de Deus deve ser perpétua. Não há revogação, nem alteração da mesma. Ela não deve ser atenuada ou ajustada à nossa condição pecaminosa; mas cada um dos justos preceitos do Senhor permanece para sempre." (...) Nosso Senhor Jesus declara que Ele não veio para aboli-la. Suas palavras são bastante claras: 'Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim para destruir, mas cumprir.' E Paulo com relação ao evangelho nos diz: 'Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei' (Romanos 3:31). O evangelho é o meio de estabelecer, firmar e vindicar a lei de Deus.
Jesus não veio para mudar a lei, Ele veio para esclarecê-la, e este fato revela sua continuidade, pois não há necessidade de esclarecer o que é revogado. (...) Para mostrar que Ele nunca pretendeu revogar a lei, nosso Senhor Jesus encarnou todos os seus mandamentos em Sua própria vida. Em Sua própria pessoa havia uma natureza que estava em perfeita conformidade com a lei de Deus."12
"A mesma lei que foi inscrita no coração humano continuou a ser uma regra perfeita de justiça após a queda; foi entregue por Deus no monte Sinai e inscrita em duas tábuas de pedra, na forma de Dez Mandamentos. Os quatro primeiros mandamentos contêm nossos deveres para com Deus, e, os outros seis mandamentos, nossos deveres para com os homens. (...) Para sempre a lei moral requer obediência de todos, tanto de pessoas justificadas quanto das demais. E isto não apenas por causa do assunto de que trata essa lei, mas, também, por causa da autoridade de Deus, o Criador, que a impôs. No evangelho, Cristo de modo nenhum dissolve a lei, antes confirma a sua obrigatoriedade."13
IGREJA CONGREGACIONAL
"A Lei de Deus exige a perfeita obediência a todos os seus requisitos. (...) As exigências desta lei são duas: Tu amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e com toda a tua alma e com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento; e amarás a teu próximo como a ti mesmo; (...) e isso tu farás durante toda a tua vida.
A peculiar perfeição da obediência, aqui exigida, é a universalidade da mesma. Outra lei não exige a consagração absoluta de todas as nossas forças em obediência a seus preceitos, ou estende as suas exigências a cada momento de nossa existência. (...) A Lei de Deus é a fundação de Seu Governo; e da felicidade, que confere a Suas criaturas Inteligentes; uma felicidade, em parte, subordinada a obediência, por sua própria natureza, e sob certo aspecto pela recompensa do Legislador. Essa importância da Lei, portanto, é imensurável."14
"E na mesma proporção que a inimizade dos homens ímpios ferve e se enfurece contra o próprio Deus, ela vai igualmente contra a Sua lei. (...) Porém, por mais que homens maus estejam descontentes com a lei, e por mais que a inimizade deles levante-se, intensifique-se e enfureça-se contra ela, eles ainda estão sob as suas obrigações. A lei ainda está em seu pleno vigor, irrevogável e inabalável; e consequentemente é seu dever indispensável e inviolável, observar e cumpri-la perfeitamente. (...) Ela não foi entregue a qualquer seita religiosa em particular, classe ou grupo de homens, mas foi estabelecida como regra de obediência à ser observada por todos. (...) Quer sejam os homens piedosos ou perversos, a este respeito não há diferença; é dever indispensável que todos vivam em perfeita obediência à lei divina."15
IGREJA LUTERANA
"Estas foram as razões, porque, na descrição do Pecado Original, fizemos menção também da concupiscência. (...) o pecado original também contém estas enfermidades, a saber: Ignorância de Deus, desprezo de Deus, caráter destituído de temor e confiança em Deus, incapacidade de amar a Deus. Estas são as principais falhas da natureza humana, conflitantes especialmente, com a primeira tábua do Decálogo."16
"Está escrito pelo profeta (Jeremias 31:33): 'Porei a Minha lei no interior deles e a escreverei nos seus corações.' Em Romanos 3:31, Paulo diz: 'Anulamos então a Lei pela fé? Deus nos proibi: na verdade, estabelecemos a Lei.' E Cristo diz (Mateus 19:17): 'Se queres entrar na vida, observes os mandamentos.' Da mesma maneira (I Coríntios 13:3): 'Se não tiver bondade, nada disso me aproveitará.' Estas e outras sentenças comprovam que a Lei deve ser iniciada em nós, e deve ser mantida por nós cada vez mais. Além disso, não estamos falando de cerimônias, mas da Lei que fornece mandamentos relativos ao comportamento do coração, a saber o Decálogo."17
"Portanto, temos nos Dez Mandamentos, um compêndio da doutrina divina, quanto aquilo que devemos fazer, para que toda a nossa vida seja agradável a Deus; como uma verdadeira fonte e canal de onde tudo deve fluir e seja considerado boas obras; então, fora destes Dez Mandamentos nenhuma obra ou coisa alguma pode ser boa ou agradável a Deus, por maior ou preciosa que seja aos olhos do mundo."18
IGREJA METODISTA
"Mas a lei moral, que retém os Dez Mandamentos, e aplicada pelos profetas, Ele [Jesus] não remove. Não foi o plano de Sua vinda, revogar qualquer parte dela. Esta é uma lei que nunca pode ser violada, que 'permanece firme como a fiel testemunha nos céus.' A moral está em um fundamento completamente diferente da cerimonial, da lei ritual; que foi designada apenas para uma restrição temporária sobre um povo desobediente e de dura cerviz. Enquanto que aquela existe desde o início do mundo, sendo 'escrita não em tábuas de pedra', mas no coração de todos os filhos dos homens, quando saíram das mãos do Criador.
No entanto, as letras outrora escritas pelo dedo de Deus, são atualmente em grande medida desfiguradas pelo pecado. (...) Cada parte da lei deve permanecer em vigor, a toda humanidade, em todas épocas: independente de tempo ou lugar, ou quaisquer outras circunstâncias passíveis de transformações."19
"No código de leis chamado Decálogo, considerando que o preceito do sábado é iniciado com a palavra 'lembrar', entendemos que, a obrigação de observá-lo era conhecida antes. Os homens não são intimados a 'lembrar' o que eles anteriormente não conheciam. O Decálogo, de que o quarto mandamento é uma parte, não contém os estatutos cerimonial e judicial da nação de Israel, que eram de duração temporária, mas as leis de dever eterno, na qual toda a nação e autoridades são obrigados a observar. A lei do sábado permanece no centro da obrigação religiosa. É precedido e seguido por estatutos que todo ser humano é obrigado a obedecer. Encontramos a lei do sábado lado a lado da lei sobre a idolatria, assassinato, adultério, roubo e equivalentes. Deus exige obediência universal. Permitir que qualquer um destes mandamentos sejam transgredidos, teremos em breve todo o conjunto do Decálogo anulado."20
IGREJA PRESBITERIANA
Com respeito à doutrina, não devemos imaginar que a vinda de Cristo nos libertou da autoridade da lei, pois é a regra eterna de uma vida devota e santa, e deve, portanto, ser tão imutável, como a justiça de Deus."21 "Onde há uma entrega a Cristo, há primeiramente que encontrar nEle a perfeita justiça da lei, que nos é imputada, tornando-se nossa; e depois há a santificação, pela qual os nossos corações são preparados para guardar a lei."22 "A lei não sofreu nenhuma diminuição de sua autoridade e deve receber de nossa parte sempre o mesmo respeito e obediência."23
"Deus deu a Adão uma lei como um pacto de obras. Por este pacto Deus o obrigou, bem como toda sua posteridade, a uma obediência pessoal, completa, exata e perpétua; prometeu-lhe a vida sob a condição de cumprir a lei e o ameaçou com a morte no caso de violá-la; e dotou-o com o poder e capacidade de guardá-la. Essa lei, depois da queda do homem, continuou a ser uma perfeita regra de justiça. Como tal, foi por Deus entregue no monte Sinai em Dez Mandamentos e escrita em duas tábuas; os primeiros quatro mandamentos ensinam os nossos deveres para com Deus e os outros seis os nossos deveres para com o homem.
(...) A lei moral obriga para sempre a todos a prestar-lhe obediência, tanto as pessoas justificadas como as outras, e isto não somente quanto à matéria nela contida, mas também pelo respeito à autoridade de Deus, o Criador, que a entregou. Nem Cristo no evangelho desfaz de modo algum, essa obrigação, antes a fortalece."24
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar da grande maioria das denominações protestantes reconhecerem e professarem que unicamente Deus possui soberania universal e que Sua lei é imutável, atuante e eterna, na prática isso não ocorre; pois, o Decálogo não é obedecido em sua totalidade por elas, uma vez que o Sábado descrito no 4.º mandamento continua sendo substituído pelo Domingo e assim, aceitam a autoridade da Igreja de Roma para modificá-lo. Sobre este fato, o reverendo católico John Anthony O'Brien declara:
"Todavia, visto que o Sábado, não o Domingo, é especificado na Bíblia, não é curioso que os não-Católicos que professam obter sua religião diretamente da Bíblia e não da Igreja, observem o Domingo em lugar do Sábado? Sim, certamente, isto é inconsistente. (...) Eles mantêm o costume [de observar o domingo], apesar dele repousar sobre a autoridade da Igreja Católica e não sobre um texto explícito da Bíblia. Esta observância permanece como uma lembrança da Igreja Mãe da qual as seitas não-Católicas se separaram - tal como um garoto que foge de casa mas ainda carrega em seu bolso uma fotografia da mãe ou uma mecha de seu cabelo."25
A Bíblia cita a Igreja-Mãe e suas filhas mencionadas por O'Brien da seguinte maneira: "Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: Babilônia, a Grande, a mãe das meretrizes e das abominações da Terra." (Apocalipse 17:5). João chama as Igrejas-Filhas de meretrizes por causa das falsas doutrinas (promiscuidade doutrinária) que elas herdaram de Babilônia, a Igreja-Mãe(b). E "hoje, como nos dias de Elias, a linha de demarcação entre o povo que guarda os mandamentos de Deus e os adoradores de falsos deuses está claramente definida. 'Até quando coxeareis entre dois pensamentos?' clamou Elias; 'se o Senhor é Deus, segui-O; se é Baal, segui-o.' (I Reis 18:21)"26
Para o Legislador dos Dez Mandamentos, "qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos" (Tiago 2:8-13). O verso de Apocalipse 14:8 denuncia esta rebelião contra Deus e, paralelamente, é feito o urgente alerta: "Retirai-vos dela, povo Meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos." (Apocalipse 18:4).

a. Acesse: A Origem do Mal
1. Catecismo da Igreja Católica Apostólica Romana, 3.ª parte, 2.ª seção (Os Dez Mandamentos).
2. "Commandments of God". (1913). The Catholic Encyclopedia, vol. IV, New York: The Encyclopedia Press, Inc., p. 153b.
3. ELLIOTT, C. (1841). Delineation of Roman Catholicism, vol. II, New York: Published by George Lane, book III, chap. IV, p. 156-157. Too in: The American Quarterly Church Review and Ecclesiastical Register, vol. XXI, ed. N.S. Richardson (April, 1869), p. 166-167.
4. "Pope". (1913). The Catholic Encyclopedia, vol. XII, New York: The Encyclopedia Press, Inc., p. 265b.
5. FERRARIS, F. L. (1772). Prompta Bibliotheca: Canonica Juridica Moralis Theologica, vol. VI, Printed at Rome, "Papa" (article II), p. 25-29.
6. "A Catechism". (1806). The Book of Common Prayer, New York: Printed for Peter A. Mesier, sec. 17.
7. RICHARDS, L. O. (2008). Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, 3.ª ed., editora CPAD, p. 537.
8. BOYER, O. S. Pequena Enciclopédia Bíblica, 1.ª ed., editora CPAD, p. 237b; verbete: "Dez Mandamentos".
9. Bíblia de Estudos Aplicação Pessoal, editora CPAD, p. 1755; (Comentários sobre Tiago 2:10 e 12).
10. Ibidem, p. 1258; (Comentários sobre Mateus 19:17ss).
11. Bíblia de Estudo Pentecostal, editora CPAD, comentários sobre Romanos 3:31.
12. SPURGEON, C. H. (1882). Spurgeon's Sermons, vol. 28, sermon n.º 1660 (Ref. Mt 5:18), p. 277. Too in: Melbourne Age, Australian: May 21, 1882.
13. The 1677/89 London Baptist Confession of Faith, chap. XIX, art. II, V.
14. DWIGHT, T. (1846). Theology Explained and Defended, vol. I, New York: Published by Harper & Brothers, sermon XXXIV, p. 507-508.
15. EDWARDS, T. (1842). The Works of Jonathan Edwards, vol. II, Andover: Published by Allen, Morrill & Wardwell, sermon XXIII, p. 372.
16. The Apology of The Augsburg Confession, chap. I, art. II (Of Original Sin). In: JACOBS, H. E. (1911). The Book of Concord: The Symbolical Books on the Evangelical Lutheran Church, Philadelphia: The United Lutheran Press, p. 78.
17. The Apology of The Augsburg Confession, chap. III (Of love and the fulfilling on the law). In: JACOBS, H. E. op. cit., p. 104.
18. The Large Catechism of Martin Luther, Part First (The Ten Commandments). In: JACOBS, H. E. op. cit., p. 435.
19. DREW, S. (1829). Sermons on Several Occasions by the Rev. John Wesley, vol. I, London: Printed by Thomas Tegg, sermon XXVII, disc. V, p. 277.
20. "Divinity" (June, 1867). In: The Primitive Methodist Magazine, vol. V, London: Published by Willian Lister, p. 325-326.
21. CALVINO, J. Commentary on the Harmony of the Gospels, vol. I, (comments on Matthew 5:17).
22. CALVINO, J. Calvin's Commentary, comments on Romans 3:31.
23. CALVINO, J. (1536). Institutas, book. II. chap. VII, sec. 15.
24. Westminster Confession of Faith, chap. XIX (Of the Law of God), art. I, II and V.
25. O'Brien, J. A. (1974). The Faith of Millions: The Credentials of the Catholic Religion, revised edition, Huntington: Our Sunday Visitor Inc., p. 400-401; (Imprimatur: Leo A. Pursley, Bishop of Fort Wayne-South Bend).
26. WHITE, E. G. Profetas e Reis, sec. II, cap. XIV, p. 187-188.

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